Projeto Piloto de Recolha Seletiva de Biorresíduos arranca em Santo Amaro
A Câmara Municipal de Sousel, em colaboração com a Junta de Freguesia de Santo Amaro, deu início ao projeto piloto de recolha seletiva de biorresíduos porta-a-porta nesta freguesia, segunda-feira, dia 3 de julho. Uma equipa de técnicos do Município, acompanhados pelo Vice-Presidente António Dâmaso e pelo Presidente da Junta de Freguesia de Santo Amaro, Nélio Painha, farão o acompanhamento e a explicação de todo o processo junto da população a partir das 17h00, bem como a entrega do equipamento.
Este projeto pioneiro tem como objetivo promover a separação adequada dos resíduos orgânicos, permitindo a redução do volume de resíduos depositados indevidamente nos contentores de RSU, contribuindo assim para a preservação do ambiente e para a promoção da economia circular. De realçar que a separação de biorresíduos será obrigatória, em Portugal, a partir de 2024.
Para viabilizar a implementação deste projeto inovador, ambas as entidades uniram esforços para garantir a sensibilização da comunidade local e a disponibilização de equipamentos de recolha adequados, através de protocolo estabelecido.
O projeto piloto em Santo Amaro funcionará como um teste para avaliar a viabilidade da recolha seletiva de biorresíduos e os seus benefícios ambientais e económicos. Com base nos resultados obtidos nesta freguesia, o programa deverá ser estendido às restantes freguesias do concelho.
Os biorresíduos serão recolhidos por um veículo elétrico, assegurando a redução da emissão de gases de efeito estufa e criando assim uma menor pegada de carbono. Posteriormente são encaminhados para uma central de compostagem da Valnor, onde serão transformados em composto orgânico, que poderá ser utilizado na agricultura, promovendo a fertilidade do solo e reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos.
A iniciativa surge num momento crucial, uma vez que o aumento contínuo dos resíduos sólidos urbanos pode traduzir-se num agravamento da TGR (Taxa de Gestão de Resíduos), por isso, a correta separação e valorização dos biorresíduos são fundamentais para mitigar os impactos ambientais negativos e reduzir o volume de resíduos destinados à deposição em aterros sanitários.
Como funciona?
Basta depositar os restos de comida no Cascão – contentor castanho que vai ser distribuído em todas as moradas para o depósito específico dos biorresíduos, bem como um conjunto de sacos verdes. Quando o saco estiver cheio, deve fechá-lo e colocá-lo à sua porta, nos dias de recolha.
O que posso colocar no Cascão?
Restos de alimentos crus ou fora da validade: Legumes e frutas, ossos e espinhas, restos de pão e bolos, cascas de ovos e borras de café. Também pode colocar saquetas de chá e guardanapos de papel.
O que não posso colocar no Cascão?
Vidros, plásticos, metais, têxteis, lâmpadas, beatas, excrementos de animais, copos, talheres e loiças, medicamentos e pilhas, sementes de origem incerta e qualquer parte (raiz, caule, folha ou flor) de plantas exóticas invasoras.
Quando é feita a recolha?
A Câmara Municipal fará a recolha todas as terças e sextas-feiras, a partir das 08:00h.
E quando os sacos verdes acabarem?
Os sacos verdes são distribuídos gratuitamente, na sua caixa de correio, todos os meses. Contudo caso necessite de mais rolos antes desta data, dirija-se à sua junta de freguesia ou à Câmara Municipal.